top of page

MÚSICA E DANÇA: UMA ANÁLISE ESTÉTICA DA OBRA O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA DE FRIEDRICH NIETZSCHE
BRITO, Suellen Lima De - email:suellenlima_hp@hotmail.com

Este estudo visa analisar o conteúdo estético presente em O Nascimento da Tragédia, de Friedrich Nietzsche, ressaltando a figura da música e da dança, que consequentemente leva a uma reflexão sobre a arte; além disso outros elementos trabalhados no decorrer da obra estão ligados entre si, como um tecido feito a mão: Dionísio, Apolo, tragédia, heróis trágicos, Édipo, Sócrates, entre outros; todos encontram-se em um emaranhado nietzschiano demasiado complexo e poético. A arte é dissertada por Nietzsche de forma eloquente, pois esta cuida dos valores depois da perda de tudo, afirma a vida sendo uma
potência. Para Nietzsche a vida não vale a pena ser vivida sem a arte. O Nietzsche "músico" deve-se a sua amizade com o músico Richard Wagner, cujo prefácio da obra é em sua homenagem. Nietzsche afirma mais tarde que a música de Wagner provoca um nó no estômago, um mal-estar que corrói em contraposição a Ópera Carmen de Bizet, por exemplo, que é uma representação da obra dionisíaca por ser animada e considerada libertinagem como as bacantes. A música é um impulso orgástico, ela está acima da poesia e é uma força hercúlea em o nascimento da tragédia. O filósofo alemão lidava com a percepção estética como sensitivo e em sua autocrítica n’O Nascimento da Tragédia ele expõe que “estragou” seu livro por duas razões, entre elas o fato de que deveria ter “cantado” o livro, pois seria a melhor forma de se expressar e fazer-se entender; e no que diz respeito a sua relação com a dança, Nietzsche é enfático: “eu só acredito em um deus que dança” pois ela é uma força máxima. Este estudo busca analisar a carga estética que Nietzsche, conhecido como o artista-filósofo, carrega em sua obra e, ademais, como essa busca de características psicológicas, essa procura pela profundidade do homem, esse lado dionisíaco que se expande e se mantém também em uma vontade de potência, impulsos da vida que é volátil, tudo isso demasiado intenso que se encontra na obra é uma marca da contemporaneidade.

bottom of page