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ANÁLISE SOBRE O CONCEITO DE ESPONTANEIDADE
VELOZO, Jefferson Torres - email:jeffersontorresvelozo@gmail.com

O objetivo da pesquisa é realizar uma investigação acerca do conceito de espontaneidade e a sua relação com os hábitos incorporados. Tal conceito tem grande relevância na Filosofia da Mente e da Ação. Caracteriza-se a ação espontânea como uma ação criativa imediata diante de uma situação inesperada, uma ação simples que não tenha como causa um planejamento ou um condicionamento anterior, onde o agente e o meio possuem uma relação tal, que seja possível um fluxo de novas relações causais e informacionais. Outra característica da ação espontânea é que a mesma é considerada apenas própria dos chamados “agentes intencionais”. Com essa definição, podemos entender que não há qualquer condicionamento prévio que seja causa desta ação. Ao analisar o conceito de ação espontânea, tentaremos investigar se as ações em geral consideradas espontâneas podem ter como origem hábitos e habilidades que vão sendo incorporados pela experiência, o que restringiria a condição de novidade da ação espontânea. Nesta pesquisa, defenderemos que é possível que as ações espontâneas, compreendidas aqui como ações criativas imediatas que não necessitam de processos condicionantes, podem também vir a ser resultado de hábitos incorporados. Ao afirmar que nossas ações também podem ser resultados de hábitos incorporados e condicionamento, não estamos afirmando que não existem ações espontâneas. Queremos problematizar, realizando uma análise do que pode causar as nossas ações. Em que medida aquilo que acreditamos que é espontâneo pode ser considerado realmente espontâneo ou um resultado de hábitos incorporados. Ao incorporarmos hábitos, estes se assemelham muito a ações espontâneas, visto que não necessitam de planejamento para serem realizados. Um hábito não necessita de nenhuma consideração subjetiva para se manifestar depois de ser incorporado pelo agente. Tentaremos, através de uma análise crítica, situar e diferenciar os conceitos de hábito e de espontaneidade, ambos muito importantes na Filosofia da Mente e da Ação.

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