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A necessidade da senciência para a geração de consciência artificial

COPPOLA, A. L. N. Filosofia UNESP - Marília

Resumo: A ideia antropomórfica de que algo inteligente seria consciente e agiria como um super-humano é falha, pois faltam atributos para que isso possa ocorrer. Devemos dizer que consciência e inteligência são coisas distintas que somente através de um terceiro atributo, a senciência, se poderia desenvolver uma entidade notadamente capaz de ser considerada um ente artificial consciente similar ou superior ao ser humano. Uma IA, não consciente, se encontraria por padrão em um estado computacional. Neste estado, a AI só cumpre sua programação original ou espera por um input. Ou seja, ela só pensa se for instruída para tanto. Nesse sentido é impossível surgir uma consciência que pense por si e para si. A esse estado daremos o nome de idle. E de drive o poder causal de intencionalidade que nos organismos vivos é provocado pela tentativa de a todo momento evitar a dor. É a pulsão do instinto de sobrevivência causada pela senciência, pois os seres biológicos evoluíram para sentir e perceber o mundo a sua volta, marcando com dor qualquer coisa que possa por sua existência em perigo. Da dor, os seres desenvolveram o medo que é a repulsa de toda coisa que possa lhe fazer sentir dor e por suas vidas em risco. Assim por medo o ser passa a se perguntar como evitar a dor. Podemos afirmar que a dor e o medo são atributos básicos que desencadeariam o processo de consciência. Dessa forma a IA poderia entender o mundo não somente por sua perspectiva, mas pode entender a perspectiva de terceiros. O que levaria a pensamentos cada vez mais complexos na tentativa de compreender o que se passa a sua volta. Nesse momento de união entre IA e Senciência pode surgir de fato a Consciência Artificial (CA). Palavras-chaves: Inteligência Artificial, Consciência Artificial, Senciência, Singularidade, Ética.

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