UMA ABORDAGEM SISTÊMICA CONCEITUAL NA FEIRA LIVRE DO BAIRRO DA PEDREIRA DE BELÉM DO PARÁ
SANTO, Deborah Gadelha Espirito - email:gadelhafr@hotmail.com
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar as dinâmicas da Feira livre do bairro da Pedreira, entender a importância do espaço, dos produtos e serviços nela comercializados, entre os feirantes e frequentadores. Compreender também as fontes de resistência que ajudam na resiliência desta feira, já que a mesma se encontra em um cenário tão adverso e ainda desfavorável. Elementos existentes nas feiras, que se interligam de maneira desordenada, podemos ter como exemplo os resíduos de hortaliças, legumes e sobras de comida, que ficam expostos, alguns estandes estão fora de ordem, um lugar onde vende refeição fica no centro em meio as bancas. Encontramos nas feiras uma organização e uma desorganização do espaço de produção baseada em uma dinâmica social um espaço de serviço que não é formado apenas pelo material, mas também pelo imaterial, com suas cores, seus sons, odores e movimentos. Nelas, múltiplas relações sociais se entrelaçam causando desde a estranheza com os outros até o estreitamento de laços afetivos de companheirismo e solidariedade (MEDEIROS, 2010). A pesquisa tem como base a interdisciplinaridade trazendo uma análise filosófica no contexto da Filosofia Temática que, tem como linha de pesquisa os Sistemas Complexos. Para realização deste estudo, foi realizada uma pesquisa quantiqualitativa com base em uma coleta de dados, através de questionários de cunho socioeconômico com a finalidade de entender sobre o fluxo de pessoas e produtos e a rotina de trabalho na feira. Para tanto, foi realizado levantamento bibliográfico de trabalhos e conceitos sobre a área do conhecimento abordada (MORIN, 2005; MORAIS e GOZALEZ, 2007; VASCONCELOS, 2013; CARLOS, 2007; GODOY e ANJOS, 2007; BRESCIANE FILHO e D’OTTAVIANO, 2000). A feira precisa de um olhar diferenciado, pois, é um espaço rico em informações e interações de produtos e pessoas que compõem um cenário tão diverso, que proporciona um espaço de troca de conhecimentos, relações interpessoais e de laços de solidariedade entre feirantes e fregueses, tornando cada vez mais rica a cultura da comunidade através de experiências trocadas e divididas pelos atores que resistem com muita luta e persistência a um mercado tão adverso a sua realidade