A história mundial como determinação lógica
NASCIMENTO, João Gabriel Haiek Elid - FFC/UNESP
Orientadora: Ricardo Pereira Tassinari
Palavras-chave: Moralidade; Verdade; Hegel
Hegel, no início da seção sobre a história mundial na Filosofia do Espírito, diz que o desenvolvimento para o fim último e absoluto do mundo se cumpre no espírito que se eleva à consciência de sua liberdade, e como esta, ao se realizar no tempo e no estar aí, é também, história. Nisso, o espírito nada mais quer do que o efetivar seu direito absoluto a partir daquilo que é conteúdo imanente do método científico concebido na Filosofia da História, e mais profundamente na Ciência da Lógica. Assim, o conceito de liberdade, que na história do espírito é conquistado pela tomada de consciência dele, faz atualizar, comprovar e conservar o caráter da Ideia lógica como transparente identidade consigo mesma. Portanto, é necessário que se mostre, de maneira coerente com ela mesma, como a completude da Lógica produz algo que é diferente de si, ou seja, a natureza como ‘contradição não resolvida’ e, da mesma forma, conceda-lhe a estrutura de sua evolução, conduzindo-a ao mundo espírito, ou mais precisamente, ao progresso que é realizado na história mundial. Assim, a liberdade da ideia absoluta faz com que ela exteriorize a natureza como seu outro imediato no momento de sua particularidade e de seu desenvolver-se. Posteriormente surge o Espírito no superar a contradição presente nesse Outro da Ideia: sua principal função é, mediante sua ação e conceituação do mundo, revelar-se na Natureza, ainda inconsciente, fazer esta natureza reflexionar-se, e portanto, conceber seu direito absoluto de ser. A Ideia, portanto, assim como o aparecimento do espírito pressupõe o devir que, na natureza, faz com que o espírito apareça como consciência no seio de sua Ideia alienada. Dessa forma, o autor mostra que essas determinações são rememorizadas pelo espírito que superou esses graus culturais, aparecendo, portanto, como a história da recapitulação de seu conceito efetivada na filosofia da história: pois os momentos finitos só passam a ser eternos no todo da exposição científica de sua Ideia