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A Questão Epistemológica entre o cognoscível e o visível segundo a interpretação de Copenhague

KACHENSKI, Iverson Custódio – PUCPR

Orientador: Léo Peruzzo Júnior

Palavras-chave: Interpretação de Copenhague; Epistemologia; Filosofia Contemporânea; Cognoscível; Visível

Com o advento da Mecânica Quântica as bases do entendimento dos fenômenos físicos adquiriram status de eventos probabilísticos, cuja incerteza na observação da realidade seria o ditame da razão dessa ciência. O elemento incerteza estaria ligado à probabilidade dos eventos quânticos. Para o filósofo e físico francês Michel Paty, o domínio quântico estabelecido pela Interpretação de Copenhague se fez valer primordialmente de formalismos matemáticos concernentes a quantidades abstratas, sem a visibilidade do fenômeno, mas apenas aparatada por uma interpretação. “Tal interpretação, indissociavelmente física e filosófica segundo o pensamento “ortodoxo” da Escola de Copenhague, estabelece a relação entre essas entidades abstratas do formalismo e os resultados da observação e da experiência”. Sendo assim, a realidade seria apenas um caso particular de situações possíveis, formas de pré-realidades, das quais realizaríamos apenas uma fracção. O presente trabalho, enquanto uma pesquisa dentro do campo   da filosofia da física pretende refletir acerca do modo como a compreensão filosófico-física da Interpretação de Copenhague nos permitiria ter acesso parcial aos fenômenos do universo quântico enquanto constituição de leis físico-matemáticas que descreveriam a realidade como ela nos chega. O desenvolvimento dessa tese visa compreender também, no viés da filosofia da física, os problemas concernentes ao próprio entendimento das leis físicas. No movimento similar de um representacionismo na forma Kantiana, o qual assume que não teríamos acesso a coisa em si, mas apenas aos fenômenos como nos chegam, almejamos direcionar o debate no campo do cognoscível e do visível na esteira do estatuto epistemológico do conhecimento físico. Ambas as fundamentações teóricas, a Kantiana e a da Interpretação de Copenhague, produziram profundas transformações nos domínios da análise filosófica de como a linguagem, enquanto substrato, matemático possibilitar-nos-ia registrar conceitualmente os fenômenos. Nesse sentido, objetivamos verificar se podemos estabelecer conexões entre o cognoscível e o visível de modo a contribuir para as discussões sobre a Filosofia Contemporânea, tendo como questão central interrogar o modo de conhecimento da realidade a partir da Interpretação de Copenhague.

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