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A empatia no contexto das tecnologias digitais sob o prisma da Filosofia Ecológica

RODRIGUES, Emanuelly Nakryn – UNESP

Orientadora: Mariana Claudia Broens

Agência de Fomento: CNPq

Palavras-chave: Empatia; Filosofia Ecológica; Tecnologias da informação e da comunicação

Este trabalho tem por objetivo refletir sobre as possíveis contribuições da Filosofia Ecológica,desenvolvida por James J. Gibson (1979), para as investigações relacionadas a perspectiva naturalista de empatia, apresenta por Frans de Waal. Partirmos da noção comum de empatia como capacidade de colocar-se no lugar do outro que, possibilita comportamentos solidários e cooperativos, e admitimos a tese de Frans de Waal (2010) segundo a qual a origem da empatia estaria relacionada a aspectos evolucionários e o seu desenvolvimento ocorreria de forma adaptativa. Essa capacidade natural é, assim, compreendida enquanto um dos elementos adaptativos fundamentais para a preservação da vida de diversas espécies sociais, inclusive a espécie humana. Segundo de Waal, podemos elencar como pilares das relações de empatia a sincronia emocional e o mapeamento corporal entre diferentes indivíduos. Para ele, esses elementos possibilitam o contágio emocional, o consolo e a adoção da perspectiva do outro,que podem ser compreendidos enquanto elementos componentes de processos empáticos. Nossa espécie tem desenvolvido, desde sua mais remota origem, hábitos sociais que envolvem elevados graus de empatia e de contágio emocional direto, hábitos esses que ainda desempenham um papel estruturador da sociedade contemporânea. No entanto, com o advento e a proliferação de interações sociais mediadas por tecnologias digitais em rede, as formas tradicionais de interação social estão se alterando. Consideramos que a teoria da percepção direta, desenvolvida por Gibson (1986), pode auxiliar na reflexão acerca das possíveis implicações do advento das tecnologias da comunicação nas interações humanas que envolvem comportamentos empáticos. As relações humanas da contemporaneidade, nos mais diversos âmbitos, têm sido marcadas por elementos mediadores, tais como computadores, smartphones e afins, que podem estar interferindo ou alterando sua realização, modificando hábitos sociais que envolvem a presença do corpo físico-químico-biológico. A teoria da percepção direta pode auxiliar nessa reflexão por enfatizar a importância das relações diretas entre os agentes sociais e seus ambientes.

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