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A necessidade de uma nova filosofia

RIO, Gabriel Santos Del –  UNESP

Palavras-chave: Ludwig Feurbach; Ateísmo; Filosofia; Estado

O texto sobre a "Necessidade de reforma da filosofia" de Ludwig Andreas Feurbach, tem forte presença da teologia, entretanto ele toma para si um posicionamento anti teológico, ateu. Nesse escrito ele valoriza a transformação radical do pensamento, uma transformação que faça da filosofia uma correspondente das necessidades da humanidade. Sobre o posicionamento de Ludwig Feuerbach várias questões passam a imperar como por exemplo, qual seria o grau de urgência dessa reforma da filosofia, como essa reforma deve se constituir, se o caráter dessa filosofia terá um sentido novo ou tradicional e se essa filosofia é essencialmente como as que conhecemos ou completamente diversa. Todas essas questões para o autor dependem de estarmos próximos de uma nova era ou estarmos nos agarrando ao velho homem. A distinção dos períodos da humanidade, do movimento histórico, é feito através das transformações religiosas, o fundamento desse movimento histórico seria a essência da religião que se estabelece no coração do homem. Houve em nós uma transformação religiosa, a negação do cristianismo, mesmo os que parecem sustenta-lo alimentam por razões políticas de modo intencional ou não uma ilusão. O Cristianismo atual rejeita todos os seus critérios positivos, os livros simbólicos, os mandamentos e a própria Bíblia, não existe critério para ser cristão. O cristianismo não tem nenhuma correspondência tanto com o homem teórico nem com o homem prático, as pessoas têm outros interesses em seus corações e espíritos, interesses que não correspondem de forma alguma a bondade celeste e eterna. A religião no seu sentido mais ordinário é mais a dissolução do estado do que um vínculo com o mesmo, nesse sentido Deus é o pai protetor, conservador, guardião, providenciador e regente, em suma um rei da monarquia global. Por isso o homem não precisa do homem, ele recebe tudo de Deus mesmo o que depende de si e dos outros, o contato com os outros homens se torna assim um mero acidente. Os homens subjetivamente se reúnem no estado porque negam na pratica a existência de Deus, Se busca a saúde no estado, mas se atribui a cura a bênçãos Deus dissimulando a realidade. A filosofia deve tornar-se algo novo, diferente da filosofia antiga acabada, deve penetrar no coração dos homens assim como a religião já o fez, o homem deve substituir a religião pela política e a política pela religião, se ligando diretamente ao homem buscando o céu na república terrestre, ao invés de se submeter a escravidão na terra em busca de uma republica celeste.

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