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Uma breve análise do “Diverso” na Crítica da Razão Pura

 

OLIVEIRA, Artur Smoliak – UNESP

Orientador: Ubirajara Rancan de Azevedo Marques

Coautor: Thiago de Souza Sálvio – UNESP

Palavras-chave: Kant; Idealismo Crítico; Estética Transcendental; Multiplicidade; Múltiplo

O presente trabalho tende a buscar o elemento Mannigfaltige, que pode ser traduzido como múltiplo, na Crítica da Razão Pura, buscando uma simples e objetiva análise do termo no contexto em que está inserido. Essa busca será feita com base principalmente no trabalho que está sendo desenvolvido pelo Prof. Ubirajara Rancan, denominado “Múltiplo e multiplicidade na Crítica da Razão Pura”, objetivando-se a estudar o termo que, até dado momento, foi pouco explorado pelos estudiosos do kantismo. Tal análise será feita baseando-se na dupla face, empírica e a priori, do termo, que pode desembocar em um inatismo de um “múltiplo a priori puro” ou na incondicionalidade da diferença empírica e apriorística do termo, o que pode acarretar em um algo diferente da filosofia transcendental proposta por Kant. O inatismo de um múltiplo a priori puro pode assemelhar o humano ao Ser Supremo, ao analisar que o sujeito irá conter, inativamente, uma compreensão de todo o diverso, o que leva a uma intuição intelectual do sujeito. Já a incondicionalidade entre as formas do múltiplo pode levar a uma em empiricização da multiplicidade do múltiplo empírico, que significa ir contra um dos celebres princípios do kantismo, que é exposto na seguinte sentença: “Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas”. Deste modo, a diferença entre o múltiplo empírico e o múltiplo a priori não pode ser tomado como incompatíveis entre si. Conforme a leitura, principalmente da Estética transcendental. O conceito de múltiplo da intuição pode ser observado ao analisar as intuições subjetivas tempo-espaciais que, na analogia da linha, em relação a intuição do tempo, fica claro que o tempo é algo uno, mas do qual podemos nos referir a diversas partes dele, o mesmo ocorre com o espaço, o qual é afirmado que o “espaço não é diverso”, mas que o “diverso do espaço” existe, na medida que não existem vários espaços que se relacionam entre si, formando um único espaço, mas sim que o espaço é algo uno do qual podemos referir-nos à partes dele. O múltiplo do fenômeno é diferente dos múltiplos anteriores, um múltiplo a posteriori, o qual permite a conclusão de que temos não somente diversos fenômenos perturbando nossa anima, mas que um fenômeno pode apresentar-se como múltiplo e que, na relação transcendental é organizada de tal modo que podemos ordená-las e associá-las às intuições tempo espaciais bem como a conceitos.

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