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A arte da guerra em Maquiavel e a sua permanência no contexto político atual

ANTONIELLO, Gabriela – UFU

Orientador: Luiz Carlos Santos da Silva

Palavras-chave: Política; Maquiavel; Guerra; Virtú

Em suas obras mais célebres (O príncipe, Discorsi e A Arte da Guerra), Maquiavel sempre trata da guerra, de forma explicita. Para ele, a guerra deve ser o principal objetivo do príncipe, isto é, o príncipe deve inclinar-se à preocupações referentes à guerra, ainda que em tempos de paz, pois ela é iminente à política, não podendo ser evitada, apenas administrada. Dessa forma, a guerra sempre existirá, devendo o príncipe estar preparado para quando ela for despertada. Ademais, ela pode proporcionar benefícios como a posse do poder aos cidadãos. Toda reflexão filosófica, em algum momento, trata da natureza do ser, seja expondo como ela se encontra em sua forma iminente, ou como ela age internamente e/ou externamente no ser. Maquiavel, que sempre ocupou cargos ou desempenhou funções relacionadas à política, não se manteve passivo. Por isso é possível apontar preocupações não só de cunho político, mas também de cunho humano (que são interligados), em sua filosofia e sugerir as possíveis contribuições. Para Maquiavel, assim como para diversos outros pensadores, não há sociedade que se sustente sem a política, pois ela é expressão da racionalidade que busca estabelecer interesses humanos e implantá-los enquanto prática corrente. Sob os aspectos da imitação, da natureza humana e da virtude, podemos considerar e relacionar a filosofia política de Maquiavel com o nosso cenário político mundial e atual, em que grandes potências mundiais de hoje (mais necessariamente, os Estados Unidos, que será o exemplo alvo deste trabalho) possuem fortes relações com a teoria de Maquiavel, pois nunca deixaram de se preocupar com a guerra, apresentando também, estratégicas do contexto geopolítico. Contudo, é a partir desses conceitos que Maquiavel define caminhos e orientações a serem seguidas, para que assim fosse possível desenvolver um sistema governamental que suprisse a necessidade do homem com base no seu estado natural e nas suas virtudes, a este condenando-o ou gloriando-o.

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