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Elementos da Dialética do Senhor e do Escravo

DIAS, Rafael Tavares – UNESP

Orientador: Pedro Geraldo Aparecido Novelli

Palavras-chave: Hegel; Metafísica; História; Política

A realidade brasileira está em um momento crítico. A dinâmica política está superaquecida e exige de nós uma leitura rigorosa para apreender o sentido que a política tem seguido. A filosofia deve abraçar esse trabalho e tomar para si o papel de compreender esse sentido, pois é a filosofia a verdade da política; assim aparece defendido por Bernard Bourgeois, teórico contemporâneo da filosofia hegeliana. Neste trabalho tornaremos explícito alguns traços da filosofia de Hegel que o torna um autor muito influente na área da política e, por esse caminho, constituir um arsenal teórico que possa contribuir para a reflexão que o presente momento demanda. A leitura dos textos hegelianos se mostra atualíssima, principalmente quando procuramos na realidade uma saída emancipatória para nossos problemas, pois a filosofia sistêmica do autor tem dois aspectos essenciais para o pensar político, quais sejam, o aspecto relacional e o político. Tomaremos por base as figuras silogísticas da dialética do senhor e do servo, desenvolvido originalmente na “Fenomenolgia do Espírito”, onde veremos saltar os principais conceitos trabalhados pelo filósofo que podem ser um elemento positivo nas análises que precisamos fazer da realidade. Mesmo que o contexto histórico alemão dos séculos XVIII e XIX sejam diferentes de hoje, a filosofia de Hegel contribuiu para o fazer filosófico de maneira universal por muitos fatores; um deles, segundo Marcuse, é a intenção prática em desenvolver um fundamento para a transformação de uma Alemanha fragmentada, feudal e decadente para uma nova nação unificada e guiada pela razão e pela liberdade. Essa intenção prática culmina em uma metafísica sistêmica e dedicada a mostrar como que a razão e a história se relacionam e se manifestam no desenvolvimento da humanidade, isto é, no exercício da razão: primeiro, estranhar-se e, segundo, suprassumir esse outro-de-si, resultando em terceiro, um fazer político que é, em última análise, o fenômeno da história.

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